03 março 2014

Série Conversas ao meio-dia, com Erick Orloski

Meu nome é Erick Orloski, sou professor universitário e estudante de doutorado na área de arte/educação, além de integrante do coletivo Arteducação Produções desde sua fundação em 2001.

Vou aproveitar este espaço e compartilhar, numa série de 03 posts, uma experiência que acabo de vivenciar: um estágio de pesquisa de 01 ano na Espanha, mais especificamente na Universidad Pública de Navarra, em Pamplona.

A ideia é que estes posts interessem atuais e futuros estudantes e pesquisadores, mas também a educadores e leitores do AEOL em geral. Por isto, não vou me ater apenas ao lado acadêmico da experiência, mas também ao cultural.

Neste primeiro, trato justamente do aspecto um pouco mais acadêmico da experiência. Por sinal, experiência e educação para a experiência é o tema central da minha pesquisa, que me levou ao encontro com ideias de autores como John Dewey, Paulo Freire e o espanhóis Jorge Larrosa e Imanol Aguirre Arriaga.

Tive a oportunidade de ouvir estes dois professores em falas que fizeram no Brasil, e Imanol Aguirre Arriaga pude conhecê-lo pessoalmente, por intermédio das professoras Luiza Christov (minha orientadora) e Rejane Coutinho, do Instituto de Artes/UNESP, onde curso meu doutorado. A partir deste contato, fiz um pedido e o professor aceitou ser coorientador estrangeiro nesta jornada.

A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) é um órgão do governo federal que, além de supervisionar os cursos de pós-graduação no Brasil, também fomenta a pesquisa através de bolsas e auxílios. Uma das bolsas oferecidas é a do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), para estudantes de doutorado fazerem um estágio de investigação em universidades do exterior. Foi através deste programa que pude viver minha experiência. Possivelmente já tenham ouvido falar de programas como o Ciência sem Fronteiras, também federal, que está concedendo um grande números de bolsas para que estudantes de graduação e pós-graduação das chamadas áreas estratégicas  estudem períodos no exterior.

A internacionalização é uma tendência acadêmica em todo o mundo e a valorização de programas como estes, não apenas no Brasil, se dá não apenas por conta das necessidades das próprias pesquisas, mas também para enriquecer a formação dos pesquisadores. E isto, eu pude de fato comprovar, de que a vivência desta experiência – de imersão cultural – foi tão ou mais importante para minha formação, do que para minha pesquisa propriamente dita.

Neste 01 ano vivenciei muita coisa, assim como minha esposa Chris e meu filho Heitor (com então 04 anos), que me acompanharam nesta empreitada, mas vou destacar nesta série apenas 02 encontros marcantes: com a famosa festa de San Fermín; e com a escola de educação infantil onde o Heitor estudou.

Vou começar, na próxima semana, com a festa e sugiro aos mais curiosos dar uma “googlada” nas palavras San Fermín e Pamplona. Guarde as impressões iniciais e na próxima segunda conversamos melhor...

Fica aqui também a dica para conhecer o site da Universidad Pública de Navarra (http://www.unavarra.es/) e também a página do grupo de pesquisa EDARTE (http://edarte.org/), coordenado pelo professor Imanol Aguirre Arriaga, com publicações e materiais interessantes para quem se interessa sobre ensino de arte, cultura visual e trabalho com jovens.
¡Hasta luego!
Erick Orloski
Biblioteca da Universidad Pública de Navarra, Pamplona. Foto: Erick Orloski

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